Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra em nós uma grande serenidade,
e dizem-se as palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres,
com a paz e o sorriso de quem se reconhece
e viajou à roda do mundo infatigável,
porque mordeu a alma até aos ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.
José Saramago
Questões de “ Na ilha por vezes habitada” de José Saramago
1) Qual das seguintes mensagens pode ser aplicada ao poema?Assinale com um X:
a) A solidão é a maior causa dos conflitos humanos.
b) Quanto mias nos conhecemos, mais vivemos plenamente nossa condição humana.
c) Nossa vida só será realmente plena quando conseguirmos estabelecer a paz entre todos os seres humanos.
2) Crie outra mensagem que pode ser aplicada ao poema.
R.:
3) Releia esses versos iniciais do poema de José Saramago e responda às questões:
“ Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites, manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer.”
a) Na Geografia, qual o significado da palavra ‘ilha’?
b) Explique o sentido figurado, isto é, diferente do sentido próprio, com que a expressão “ilha por vezes habitada do que somos” foi empregada nesses versos.
4) Leia a afirmação apresentada a seguir e indique a qual trecho do poema de josé Saramago ela pode ser atribuída.
Conheceu profundamente o sentido da vida humana
a) viajou à roda do mundo infatigável
b) mordeu a alma até os ossos dela
c) Podemos então dizer que somos livres
5) Transcreva trechos do poema “ na ilha por vezes habitada” em que o eu poético revela conseqüências benéficas que o autoconhecimento pode trazer ao ser humano.
6) Dê um outro título ao poema.
Essas questões são de autoria do Professor Givan Ferreira
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